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quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Castigos e consequências

Estava agora mesmo a ver uma parte do programa "Você na Tv", programa que não costumo ver,mas que deixei a gravar propositadamente porque queria ouvir o comentário do psicólogo Quintino Aires (profissional que respeito mas com o qual não concordo muitas vezes).
A intervenção dele consistia em comentar uma situação fictícia de um pai a ralhar e ser verbalmente agressivo com um filho na rua.
A propósito desta situação ele falou em castigos e disse que não vale a pena castigar as crianças porque o comportamento delas não muda, uma vez que o comportamento muda na relação. Mas depois disse que já vale a pena premiar um comportamento que se quer que a criança repita. A seguir ainda acrescentou que entre os 3 e os 5 anos se pode dar uma palmada, daquelas que não causam dor, mas que apenas mostram autoridade.
E eu não podia discordar mais do que ele disse. Primeiro, porque acho que as consequências (forma pela qual gosto de designar "castigos") são fundamentais na educação, uma vez que a educação deve mimetizar o que a criança futuramente vai encontrar no mundo real um dia mais tarde, e no mundo real todos os comportamentos têm consequências. Mas sobretudo o que acho fundamental é não se atribuir consequências apenas aos comportamentos negativos. É fundamental na educação como na vida sermos coerentes.Por isso se queremos "punir" os negativos temos de premiar os positivos. E vice versa.
Quanto à palmada, sou totalmente contra, ainda que seja em idades precoces. O respeito não se ganha pela violência. E mesmo bater ao de leve é uma forma de violência.

5 comentários:

  1. Chiça... as crianças não são burras. Se até os animais percebem que os actos têm consequências, as crianças também percebem. Os castigos são uma consequência dos maus actos, ponto final.

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  2. Percebes tanto de psicologia com a tua amiga de lagares dea zeite.....

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  3. S*,

    Sobretudo acho que não faz sentido, e até já é uma questão de bom senso, premiar comportamentos que queremos reforçar e "apenas" falar daqueles que consideramos negativos. Portanto se queremos premiar os comportamentos que consideramos adequados, também devemos assinar os que consideramos negativos. Até porque a criança precisa de se balizar.


    Beijinhos

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  4. Anónima,

    Sim, sei perfeitamente que és uma mulher, e até quase que sei a tua identidade,

    Talvez tu percebas mais mas olha, por acaso sou eu quem tem o curso, e quem está inscrit na ordem.

    É engraçado vires aqui atacar a minha profissão e sobretudo eu começar a ter anónimos depois de te ter confrontado tanto.

    Mas és sempre bem vinda cara Salto.

    Cumprimentos

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  5. E a S* é minha amiga sim. Com muito orgulho. É uma pessoa a quem tu nunca chegarás aos calcanhares. Publiquei o teu comentário por também se referir a mim MAS ficas desde já a saer que neste blogue não se toleram ofensas sobretudo se disserem respeito a outras pessoas.

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