Acompanhar uma doença de alguém que se ama nunca é fácil. Quando somos filhos únicos e a pessoa doente é a nossa mãe fica mais difícil ainda. A nossa saúde e a daqueles que amamos é de facto o mais importante que temos.
A maior parte das pessoas que me lê há algum tempo sabe que nos últimos dois anos a minha mãe tem estado a lutar contra um cancro. E sabe também que até aqui a luta tem corrido bem. Provavelmente até há pessoas que acham que eu sou cautelosa de mais, que nunca fico completamente feliz com as pequenas vitórias, que nunca relaxo. Não me considero pessimista mas quando se trata de saúde também não consigo ser apenas optimista. Vou olhando para as coisas de forma realista, ficando feliz quando os resultados são os que queremos, mas tendo sempre em mente que esta é uma doença que muitas vezes volta.
E parece que é isso que está a acontecer neste momento. Uma consulta de revisão onde havia um exame para apresentar. E nesse exame aparece um pormenor que suscita uma dúvida que vai ter que ser esclarecida.
Agora seguem-se mais exames e mais consultas até se perceber o que é e o que vai ter que se fazer.
A angústia que se sente nestes momentos é algo que não se consegue transmitir em palavras. Existe uma mistura de sentimentos que é complicada de decifrar. Sei que tenho de ser forte mas a única coisa que consigo ter a certeza é que a vou acompanhar o mais possível como tenho feito.
Mas o que me faz escrever este texto, muito mais do expôr aqui a situação pela qual estou a passar, é alertar as pessoas para a necessidade de aproveitar a vida da melhor forma. Porque na maioria das vezes não valorizamos o temos. Esquecemos que a saúde é o mais importante. E preocupamo-nos com coisas de somenos. E a verdade é que as coisas más aparecem sem bater à porta. Mas as boas somos nós que temos de conquistar.
Por isso se estão bem e as pessoas à vossa volta também aproveitem. E sejam felizes. Porque há muita gente que gostava de poder simplesmente sorrir sem pensar no que segue.
Eu sou das que acha que nunca relaxas. Penso que sendo esta uma luta difícil, é preciso saber ficar feliz com as pequenas conquistas. Ninguém disse que é fácil - impossível sê-lo - mas é possível aprender a viver durante uma guerra. Força. A ambas.
ResponderEliminarMuita força e mais um grande beijinho!:) Se precisares de mim, sabes onde me encontrar.
ResponderEliminar**
S*,
ResponderEliminarSei que nunca relaxo tal como escrevi mas também sei que, apesar de inicialmente ter ficado paralisada, com o passar do tempo fui aprendendo a viver durante a guerra.
Miss Kitty,
Obrigada.
Beijinhos a ambas
Ponho-me tantas vezes no teu lugar ao pensar num futuro (próximo, ou não)
ResponderEliminarForça*
beijinho
Sei perfeitamente pelo que estas a passar.
ResponderEliminarTambém sou filha unica não tenho pai)e a minha mãe também travou uma luta de muitos anos.
Infelizmente há 3 meses atras não foi ela que saiu vencedora.
Pensa sempre positivo, mas sei como é inevitavel não ficar com o coração nas mãos.
Se precisares conversar, diz qualquer coisa.
Força.
Vera
Beijinhos, gosto muito de ti.
ResponderEliminarSei tão bem do que fala, infelizmente. Também eu não me canso de dizer que temos de valorizar a vida e o que temos de bom.
ResponderEliminarMuitas vezes damos por garantido um tempo e um futuro que, na realidade, não sabemos se o teremos.
Um abraço para si e para a sua mãe, coragem.
Beijinhos
Sabes bem que melhor do que ninguém entendo tudo o que estás a sentir neste momento.
ResponderEliminarPor esse motivo também, sei que o melhor que te posso desejar é que tenhas muita força e muito, muito, muito optimismo.
Acreditar. SEMPRE.
Sei pelo que passas. E sei que por mais palavras bonitas que ouças de alguém, o importante é nunca desistir e ganhar a guerra. Mas só com genica e força é que se chega lá.
ResponderEliminarAs melhoras e tudo de bom para a tua mãe, e para ti.
Nunca tinha comentado o teu blog, mas ao ler este texto senti vontade de o fazer. Passei pela mesma situação que tu no ano passado. E sei perfeitamente que por vezes é difícil ser optimista e manter a cabeça erguida e lutar. Mas também sei que a tua mãe precisa do sorriso e da tua força. Acho que nestas alturas nós somos a força das mães, e é o retribuir de tudo aquilo que elas fizeram por nós até este momento, é a nossa altura de cuidar delas. Acredita que tudo vai correr bem, assim como eu sempre acreditei, e até agora tem corrido. E de facto é nestas alturas que percebemos que temos que viver a vida ao máximo, abraçar quando nos apetece abraçar e dizer amo-te sempre que nos apetece! Força para as duas!
ResponderEliminarMeninas,
ResponderEliminarOBRIGADA pelas vossas palavras tão boas de ler.
A verdade é que apesar de não ser optimista nestas coisas e ficar sempre de pé atrás sem conseguir relaxar sei que tenho sido uma rocha no que diz respeito ao apoio.
Ainda hoje no Hospital uma enfermeira dizia à minha mãe que ela sofre muito por antecipação mas depois é uma guerreira. E é verdade. A minha mãe não se queixa, aguenta, enfrenta as coisas de uma forma admirável. E eu estou sempre lá ao lado dela a dar força.
Mas se isto já não é uma luta fácil quando se descobre a doença, imaginem, depois de quase dois anos no momento em que começamos a acreditar que está a correr bem pensar que pode voltar.
Ritititz,
Sabes que é recíproco.
Me,
Sei bem que sabes o que sinto. Obrigada pelas tuas palavras :)
Beijinhos a todas
P.S.: Às meninas que não têm perfil no blogue se quiserem enviem-me email para vidadeumagaija@gmail.com