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segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Nem contigo e nem sem ti

Não. Não vou falar do filme que existiu com a Michelle Pfeiffer (que, por acaso, nem retratava bem este assunto) mas sim daquelas relações que hoje em dia predominam por aí. Aquelas em que as pessoas tanto dizem que adoram como odeia, que o outro é a melhor pessoa do mundo como a pior, que tanto estão muito bem com o outro como muito mal.
Em poucas palavras, essas relações para mim são, simplesmente não-relações. Claro que também já as vivi, já arranquei cabelos e já me vi no meio de relações assim onde não queria estar mas ao tempo tinha medo de sair. Só que o que acho agora é o que amor não rima com dor. Que tem de nos trazer acima de tudo bem estar. Serenidade. Que temos de sentir sem dúvida que estamos melhor com aquela pessoa do que sem ela.
E não me interpretem mal. Não acho que se deva desistir de uma relação aos primeiros problemas. E até penso que hoje em dia se leva tudo com uma enorme facilidade. Mas é diferente desistir aos primeiros problemas e continuam numa relação que só dá problemas.
O mais engraçado é que normalmente são as mulheres que insistem neste tipo de relação. Os homens deixam-se ir porque é cómodo. Mas somos nós que gastamos horas a falar com as amigas. A dissecar tudo o que ele faz e diz. A tentar perceber cada gesto. No fundo a perder tempo. Porque não vale a pena. Porque não há nada para perceber. Sobretudo porque nunca devemos deixar que alguém seja a nossa prioridade enquanto somos apenas uma opção na vida dessa pessoa. Nem nunca devemos correr atrás de alguém. Para alguém sim. E aquele rapazinho que não nos atende os telefonemas porque está ocupado, que não responde às mensagens porque não viu e que só está connosco quando não tem mais que fazer e ainda assim temos de ter cuidado com tudo o que dizemos para que não se chateie, não merece que passemos a vida a pensar, a suspirar e a sofrer por ele.
E essas relações, as que só nos dão problemas, não nos levam a lado nenhum. Por mais que no fundo gostássemos. Por mais que gostássemos que aquela pessoa fosse a nossa pessoa. Quando não dá há que perceber que não dá. E terminar as coisas antes de chegarem a um nível insuportável.

5 comentários:

  1. sim...
    concordo...
    nós as mulheres temos o habito de dissecar tudo o que nos rodeia... e de insistirmos e insistirmos...

    acho que não conseguimos talvez lidar com a derrota...

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  2. Concordo completamente com o teu texto :)
    Beijinhos

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  3. Na minha opinião mais vale acabarmos enquanto estamos "bem" e guardar as coisas boas do que acabarmos na "batatada". ; ) ***

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  4. Quase me vi nesse texto.
    Mas, o fácil é avaliar os outros. Quando nos "calha" a nós a coisa torna-se um pouco mais difícil, mas não impossível.

    Bj
    :)

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  5. Camaleoa, eu escrevi este texto porque já estive numa relação dessas. Muito tempo mesmo. Mas aprendi com os erros que cometi e hoje acho que posso dizer que cresci e que aprendi a não sofrer por amor. Pelo menos na parte em que nos cabe a nós decidir, porque, em relação às surpresas da vida pouco podemos fazer.

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