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sábado, 10 de março de 2012

Ainda te sinto em mim

Ontem, foi publicado no blogue da Lua uma carta que escrevi há mais ou menos um mês. Neste momento ela já não faz muito sentido, porque eu percebi que tenho que lutar por mim e apenas por mim, mas, agora, ao relê-la e ao ver os comentários, senti que fazia todo o sentido publicá-la aqui também.

"Não encontro forma melhor de o dizer. Amo-te, bolas. É só isso e é tanto.
Sei que tenho de continuar em frente, sei que no fundo não fazes parte da minha vida como eu gostava, sei que estás e vais continuar longe, mas eu amo-te, e sinto que ainda fazemos muito sentido.
O que é que eu posso fazer se a cada vez que te vejo ganha mais força a certeza que és tu quem eu quero?
Sei que a maioria das pessoas diz que eu vivo no passado. Mas eu tento, a sério que tento e muito, tento seguir em frente, tento não pensar, tento evitar qualquer tipo de recordações. Tento. E às vezes até penso que consigo. Mas depois quando te vejo, quando te vejo não sei explicar o que se passa. Sei que quando olho para ti, que quando nos abraçamos, que quando pegas na minha mão eu tenho a certeza que és a pessoa que eu quero.
Queria que isto mudasse, a sério que queria, mesmo. Queria achar que vou conseguir ser feliz ao lado de outra pessoa. Queria sentir que vou conseguir olhar para outro alguém e sentir toda a cumplicidade, carinho, ternura, amor e amizade que sinto quando olho para ti.
Mas por enquanto, o que sei, é que quando estás, viras o meu mundo do avesso, e tudo o que eu quero é estar contigo.
Porque te amo. Mesmo tendo quase a certeza que não me amas a mim. E que mesmo que amasses isso não ia alterar nenhuma das nossas circunstâncias.
Mas eu amo-te. E ainda te sinto (tanto!) em mim."


Foi escrita antes de ter conversado com ele, depois de o ter visto apenas uma vez, numa circunstância em que nenhum de nós queria estar. E é engraçado como nesta carta eu estava tão ligada à realidade e como, quando eu não ativo o meu lado inseguro, ansioso e sonhador, sou muito mas muito mais equilibrada. Modéstia à parte acho que está bonita, simples e sentida. Sem grandes racionalizações. É apenas o expressar de um sentir. Sentir que neste momento não faz sentido mas que, durante muito tempo, foi o fio condutor da minha vida, ainda que inconscientemente.

4 comentários:

  1. Estás sincera e a falar com o coração... por isso está linda.

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  2. Olá, desafiamos-te a escrever uma história para fazer parte do nosso livro. Estamos mesmo mesmo a começar, faz parte deste projecto ♥

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