Tenho poucas palavras a dizer sobre o assunto, mas, depois de tudo que o tenho lido não consigo, mesmo, não as dizer.
O vídeo é absurdamente tendencioso? É. É um exemplo mau jornalismo? É. Existe ali uma imensa falta de ética profissional, com um claro apelo à rotulação de todos os jovens como burros? Existe. E além disso o vídeo é sensasionalista, não é representativo nem das pessoas entrevistas, nem da classe dos jovens universitários, nem sequer da classe dos jovens e até tem erros.
Mas, ainda com todas essas coisas negativas, não deixa de ser triste que existam pessoas que não só são ignorantes como se riem da própria ignorância, que estas pessoas sejam estudantes universitários e que tenham sempre desculpas prontas na ponta da língua para justificar o não saber. Claro que ser estudante universitário não garante conhecimento. Mas deveria garantir interesse por saber. Curiosidade. E até humildade. É óbvio que ninguém sabe tudo e que todos temos falhas. Mas há mínimos. E há coisas básicas que todos devíamos saber. Mas, sobretudo, a nossa ignorância devia fazer-nos querer saber mais e não fazer-nos rir.
Não é com palmadinhas nas costas que lá vamos. Não é a afirmar que a grande parte dos alunos pertence à primeira geração de universitários da família. Não é a dizer que a culpa é do sistema de ensino. A culpa é sempre do próprio indivíduo, que não lê, não quer aprender, não se interessa.
O resto são apenas desculpas.
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