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sexta-feira, 24 de abril de 2009

Genéricos

Acabei de ouvir agora mesmo a notícia sobre os genéricos irem passar a ser gratuitos para os pensionistas que recebem menos do que o ordenado mínimo.
E, naquelas entrevistas que fazem sobre o assunto, ouvi duas coisas que me deixaram com os olhos em bico.

Uma senhora que dizia que a gratuitudade devia ser para todos os medicamentos e não apenas para os genéricos pois não se dá com estes; a cor, a forma, não se dá com eles, coitadinha.

Custa-me saber que este tipo de ignorância existe e, mais do que isso, que é alimentado pelos médicos e pelos laboratórios. Os genéricos são iguais aos medicamentos de marca. Só que muito mais baratos. Ponto. E é exactamente por serem mais baratos que é possível o estado comparticipá-los a 100%.

Claro que o ideal seria que nos casos em que não há genéricos os medicamentos de marca pudessem ser comparticipados, pelo menos até que haja genéricos para essa substância activa. Mas isso, esperemos, será para a próxima. E não era a isto que a senhora se referia.

Outro senhor dizia que, ele, como recebia 460€, o que já era superior ao ordenado mínimo, ia ficar de fora. Pois. Parece que sim. Se o limite foi o ordenado mínimo nacional e se este senhor recebe mais, é natural que fique de fora.

Faz-me uma certa espécie que as pessoas nunca fiquem contentes com nada. Eu percebo que o senhor até deve ter problemas de dinheiro. Mas em vez de refilar e de só pensar nele, devia ficar feliz por todos os que vivem com ainda mais dificuldade e pensar que, quem sabe, daqui a uns tempos será a vez dele.

E faz-me também confusão que as pessoas não percebam que tem de haver limites. Não se pode, simplesmente, passar a dar gratuitamente medicamentos a toda a gente. Sob pena de não se conseguir dar a ninguém. Para isso tem de se estabelecer limites. E esses limites têm que ser respeitados. Ainda que seja apenas um cêntimo a mais.

Felizmente houve um senhor que, apesar de não ser abrabgido pela medida, lá disse que concordava e percebia que nem todos podiam ser abrangidos, pois havia pessoas com maiores dificuldades.

5 comentários:

  1. Muito pertinente o teu texto. Em relação ao comentário da senhora que "não se dá bem com eles" isso é pura ignorância. Se a maioria das pessoas soubesse dos "negócios" entre médicos e farmâceuticas, percebia o porquê de toda a negação em relação aos genéricos.

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  2. Faço minhas as palavras da Bê
    Infelizmente é assunto que ainda vai dar muito que falar...
    Jinhus

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. Não....
    os medicamentos genéricos não são iguais aos medicamentos de marca....

    desculpam mas não são ...
    não sao produzidos no mesmo local, não utilizam as mesmas materias primas e os metodos de fabrico saooooooo muito diferentes......

    mas....
    cada um com a sua opiniao!

    Bom fim semana :)

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  5. A ignorância é a pior doença. Informe-se antes de comentar. Os genéricos são tao bons como os outros.

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